Tempo, leva meu pessimismo!

Descobri que o lado escritor da família que fez minha prima, seguindo os passos do pai dela, escrever um livro de contos, também mora em mim. Bem, disso eu já sabia, mas agora sinto que posso fazer isso acontecer.

A irmã dela - por consequência minha prima também - acabou de passar aqui em casa e deixar quatro exemplares do livro. Essa prima que passou aqui sempre me dizia: "Você é inteligente, menina! Vai passar na faculdade, vai morar comigo em São Paulo e vai escrever muito!"

Eu sempre gostei de escrever. Escrevia histórias, em diários, fiz um jornal da minha família que saía todos os meses e distribuídos para avós, tios e primos. Sabia que podia ter um futuro nessa área, mas nunca senti que podia dar mesmo certo.

Sabe quando você quer ir para um lugar, mas tem aquela pontinha de pessimismo que sempre te diz que vai ser impossível? Então, eu tinha essa pontinha até cinco minutos atrás. Um toque no interfone e TARAM, cadê a pontinha? Sumiu! Foi embora!

Agora é dar tempo ao tempo. Espero que ele me dê experiência, conhecimento e paciência pra um dia eu distribuir livros e não só os jornais mensais da família.