5 filmes do Oscar 2013 que vale a pena ver

12:30 Carolina Carettin 0 Comments



Sei que já faz três meses da cerimônia badalada da Academia, mas como andei assistindo alguns filmes que ganharam a estatueta, resolvi que seria um bom momento para falar sobre isso.

1. Django Livre - Quentin Tarantino
No Oscar 2013: Melhor ator coadjuvante (Christoph Waltz). Melhor roteiro original (Quentin Tarantino). Indicado como Melhor Filme e Melhor Edição de Som.

Uns o amam, outros o odeiam, mas mesmo que você não tenha visto outros filmes do diretor sangrento, Django Livre vale a pena ser assistido porque traz um momento histórico dos Estados Unidos muito denso, mas com uma jogada de humor que a gente só encontra nos filmes do Tio Tarantino.
Django (Jamie Foxx), escravo liberto, acaba se encontrando com o caçador de recompensas Dr. Schultz, interpretado pelo sensacional Christoph Waltz. Schultz acaba comprando o escravo para que os dois, juntos, os irmãos Brittle, carrascos que maltratavam escravos em fazendas do país.
Depois de cumprido o objetivo, os dois caçadores de recompensa continuam juntos. Django agora quer encontrar sua esposa, Broomhilda (Kerry Washington). A busca os leva até Candyland, a plantação famosa de Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), onde também se treina escravos para lutas. O fim eu não vou contar, porque vale a pena tirar umas horinhas e assistir ao filme.



2. Os Miseráveis - Tom Hooper
No Oscar: Melhor mixagem de som, melhor atriz coadjuvante (Anne Hathaway) e melhor maquiagem. Indicado por melhor ator (Hugh Jackman), melhor filme, melhor figurino, melhor canção original e melhor direção de arte.

A adaptação do clássico de Victor Hugo ganhou um pedação do meu coração. Em alguns momentos chorei e em outros ri, principalmente com Helena Boham Carter e Sacha Baron Cohen que interpretam o casal Thenardier.
Mesmo sendo um pouco cansativo por se tratar de um musical, o filme foi muito bem feito. Ele tem uma carga emocional e política muito grande, já que retrata a Revolução Francesa, no sécullo XIX, onde a desigualdade entre classes só crescia, onde os que eram pobres conseguiam perder o nada que tinham.
É nessa atmosfera que Jean Valjean (Hugh Jackman) rouba um pão para levar para sua irmã, porém ele é preso e acaba sendo perseguido por toda sua vida pelo inspetor Javert (Russell Crowe).



3. Anna Karenina - Joe Wright
No Oscar: Melhor figurino. Indicado por melhor trilha sonora original (Dario Marianelli), melhor direção de arte e melhor fotografia.

Mais uma adaptação literária, Anna Karenina, do autor russo Tolstói, aborda temas como adultério e o significado do amor na Rússia do século XIX. Anna (Keira Knightley), casada com Alexei Karenin (Jude Law), em uma viagem para visitar o irmão e a cunhada, que passavam por uma crise no casamento, passa a ser cortejada por conde Vronsky (Aaron Johnson).
O estilo do filme me lembrou muito a minissérie Capitu, baseada no livro Dom Casmurro de Machado de Assis. Tudo parece se passar num grande teatro, onde o espectador é você que está sentado no sofá.
Para comparar, segue o trailer e o teaser da minissérie:





4. Amor - Michael Haneke
No Oscar: Melhor filme em língua estrangeira (Áustria). Indicado por melhor roteiro original (Michael Haneke), melhor diretor (Michael Haneke), melhor atriz (Emmanuellle Riva) e melhor filme.

Confesso que Amor não foi meu filme preferido dos que assisti esse ano. Não há um clímax, efeitos especiais ou um final feliz: Amor fala da velhice e do amor nesse período da vida. Georges e Anne, interpretados por Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva, vivem sozinhos em um apartamento e costumavam dar aulas de música. Depois que Anne sofre um derrame, Georges se vê numa situação complicada. Além de cuidar dele mesmo, agora tem que se dedicar em tempo integral à mulher e lhe dar todo o apoio para que ela consiga passar por esse momento difícil. A solução encontrada por Georges é surpreendente, talvez por isso valha a pena ver. 




5. Argo - Ben Affleck
No Oscar: Melhor filme. Melhor roteiro adaptado (Chris Terrio). Melhor montagem. Indicado por melhor ator coadjuvante (Alan Arkin), melhor trilha sonora original (Alexandre Desplat), melhor edição de som e melhor mixagem de som.

Argo acabou me surpreendendo. Quando vi o trailer pela primeira vez, na Warner, fiquei curiosa em conhecer a história, mas depois foi perdendo o encanto. Filme muito bem produzido e com uma história que te faz embarcar na ideia mirabolante de criar um filme falso para resgatar diplomatas. Porém, não concordei com o prêmio de Melhor Filme.
Depois do xá iraniano ganhar asilo político nos EUA, protestos contra o país tomam as ruas de Teerã, já que o líder mantinha um governo opressivo no Irã. Uma das manifestações acontece em frente à embaixada dos Estados Unidos. Seis funcionários conseguem escapar e se refugiam na casa do embaixador canadense. Enquanto isso, a CIA tenta achar uma alternativa de resgatá-los. Aí entra Ben Affleck que interpreta Tony Mendez, especialista em exfiltrações. Tony sugere que os diplomatas se passem por uma equipe de filmagem que está no país para fazer algumas cenas. O filme seria a fachada para a operação.


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